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terça-feira, 23 de abril de 2013
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Buchas de Canhão
Abro espaço para o comentário de Rachel Sheherazade
Assista ao comentário:http://www.sbt.com.br/sbtvideos/media/ff3694874a4d269e34fca1b1aea0ca61/Veja-o-comentario-de-Rachel-Sheherazade-sobre-a-policia-americana.html
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Hoje, vou falar sobre as polícias e o poder.
Em pronunciamento, na ocasião da captura do suspeito de terrorismo em Boston, o presidente Barack Obama foi enfático: “a nação tem uma divida de gratidão com os policiais”.
O chefe do departamento de polícia americana agradeceu, publicamente, a todos os agentes que trabalharam no caso.
Os cidadãos americanos também aplaudiram a ação policial.
O apoio e a confiança na polícia são naturais nos Estados Unidos. Os americanos sabem que ela é o braço de segurança do Estado. O Estado sabe que precisa ser solidário à polícia nas derrotas e vitórias.
Enquanto isso, no Brasil, policiais militares são condenados à pena de prisão por terem cumprido ordens superiores numa incontornável rebelião de presos.
O comandante da operação foi inocentado. O secretário da Segurança Pública saiu ileso e o governador do Estado tirou o seu da reta.
Como esperado: sobrou para os “buchas de canhão”.
Por: Rachel Sheherazade
terça-feira, 16 de abril de 2013
TER x SER
RÓTULOS HUMANOS
Rótulos são essenciais para denominar os remédios. Já pensou tomar um medicamento para soltar o intestino, quando ele já está serelepe? Ou confundir a pílula anticoncepcional com um comprimido contra enxaqueca? Sem esses rótulos, teríamos caos e perigo.
Etiquetas são perfeitas para organizar papelada, pastas, contas a pagar e a receber. Também ajudam na governança da cozinha. Evitam confundir açúcar com sal, farinha de trigo com a de mandioca. Pimenta de cheiro com a malagueta. Quiabo com o diabo.
Daí, rotular e etiquetar são excelentes invenções. O prejuízo começa quando estendemos a prática do carimbo para as pessoas. Pois nomear de forma taxativa só serve para limitar, culpar, discriminar. Apesar de ser um carimbo sem tinta, faz um borrão danado.
José gosta de se vestir com roupas de mulher. Portanto, ganhará o rótulo de travesti. Mas José tem várias outras dimensões. Ele pode cantar bem, ser um exímio ciclista, um sujeito solidário como poucos. No entanto a etiqueta travesti se sobreporá a tudo mais que José seja.
Maria teve paralisia infantil. Hoje, aos 60 anos, segue mancando e se locomove com duas muletas. Ela ganhou a etiqueta de deficiente. Ao lado disso, ela é uma competente advogada. Andou trabalhando na ONU, em Nova York. Mas o rótulo deficiente se sobrepõe a tudo o que Maria faz.
Assim acontece na escola, no trabalho, na vida. O colega recebe a pecha de chato, mesmo que além disso seja gentil e criativo. A aluna é reduzida pelo apelido de periguete, quando ela também é estudiosa e curiosa.
Fulano é autista, sicrana fala errado, beltrano é fanho. Sem ser remédio, pote de ervilha, pasta de papel, eles vão carregar sobre seus ombros rótulos redutores. Viram peixinhos em um aquário mínimo, expostos à maldade pública.
Então vamos parar com isso! Qualquer pessoa é muito mais do que sua condição física ou mental, sua orientação sexual, seu bom ou mau português. Como escreveu e cantou Caetano Veloso: "Gente é prá brilhar." E podemos agregar: Testa de gente não foi criada para levar carimbo.
Por Fernanda Pompeu
sexta-feira, 12 de abril de 2013
RESGATE HISTÓRICO E MANUTENÇÃO D MEMÓRIA SOBRE A DITADURA BRASILEIRA
Ditadura no Brasil
"O filme aborda a tortura durante o período de ditadura no Brasil, mostrando como suas vítimas sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência duas décadas depois. "Que Bom Te Ver Viva" mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, alinhavado os depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, Lúcia Murat optou por gravar os depoimentos das ex-presas políticas em vídeo, como o enquadramento semelhante ao de retrato 3x4; filmar seu cotidiano à luz natural, representando assim a vida aparente; e usar a luz teatral, para enfocar o que está atrás da fotografia - o discurso inconsciente do monólogo da personagem de Irene Ravache".
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Seul pede diálogo a Pyongyang para solucionar fechamento de complexo
O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Ryoo Kihl-jae, fez nesta quinta-feira um chamado à Coreia do Norte para restabelecer o diálogo, visando a retomada das operações do complexo industrial conjunto de Kaesong, fechado há três dias por decisão de Pyongyang.
"Pyongyang deve comparecer à mesa de negociações imediatamente", afirmou em entrevista coletiva o principal funcionário da pasta encarregada das relações com a Coreia do Norte, após expor que "as duas Coreias têm de debater formas de normalizar o parque industrial através do diálogo".
Ryoo argumentou que a suspensão das atividades do complexo não ajuda o futuro do povo coreano e está causando grandes prejuízos tanto às empresas da Coreia do Sul quanto aos operários da Coreia do Norte que trabalham nesse parque industrial situado em território norte-coreano perto da fronteira.
Horas antes da entrevista do ministro sul-coreano, a Coreia do Norte publicou através de sua agência estatal um comunicado no qual atribuiu ao país vizinho a responsabilidade pelo fechamento do complexo, que ameaçou tornar definitivo.
Na terça-feira passada, Pyongyang retirou unilateralmente seus trabalhadores de Kaesong, cumprindo assim a ameaça feita um dia antes.
Situado no sudeste da Coreia do Norte, a poucos quilômetros da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, o complexo industrial de Kaesong, único projeto intercoreano vigente, abriga 123 companhias da Coreia do Sul que fabricam vários produtos com a mão de obra de 54 mil norte-coreanos.
TENSÃO
O representante diplomático do regime comunista da Coreia do Norte, Alejandro Cao de Benós, disse ontem que as bases do país estão "prontas para disparar". "Podemos derrubar qualquer alvo, pusemos em órbita três satélites e capacidade tecnológica não falta", afirmou.
Cao de Benós --de origem espanhola e único cidadão estrangeiro a quem foi concedida a cidadania norte-coreana, já que decidiu combater por Pyongyang--, deu essas declarações ao jornal italiano "Oggi".
O espanhol, que adotou o nome Alejandro-Zu, ameaça: "quando o sinal for dado abateremos todos os aviões B2 e B52 e arrasaremos as bases americanas de Guam, do Havaí e do Missouri".
Guardas sul-coreanos durante ato no Museu da Guerra, em Seul
"As consequências serão terríveis: o planeta inteiro será contaminado e Seul afundará no mar. A bomba é nossa segurança na vida. Se for necessário, não hesitaremos em usá-la", assevera.
O representante é membro do Partido do Trabalho e do Exército Popular, além de delegado especial do comitê governamental da Coreia do Norte para relações culturais com os países estrangeiros.
Benós diz não ser o único que combate a favor de Kim Jong-un, a Brigada Internacional que está organizando já conta com 200 adesões desde 11 de março, poucos dias após a Coreia do Norte anunciar o fim do acordo de armistício e a promessa de não agressão vigente desde 1953.
Nas últimas semanas, a tensão aumentou até o ponto que Pyongyang se declarou em estado de guerra contra o sul, ameaçando com a "guerra total" contra seus vizinhos e os Estados Unidos.
"LINHA PERIGOSA"
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse ontem que a Coreia do Norte está chegando perto de uma "linha perigosa" com as ameaças quase diárias contra os EUA e a Coreia do Sul.
"A Coreia do Norte está, com sua retórica belicosa, sua ação... chegando muito perto de uma linha perigosa", disse Hagel em entrevista coletiva no Pentágono para discutir o orçamento do departamento em 2014.
"Suas ações e palavras não ajudam a acalmar uma situação inflamável."
Perguntado se os cidadãos norte-americanos devem ficar preocupados com as ameaças, Hagel disse que os Estados Unidos têm capacidade de defender seus cidadãos e de seus aliados de qualquer ação que a Coreia do Norte possa tomar.
Fonte: Folha de S. Paulo
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quarta-feira, 10 de abril de 2013
Documentos de Margaret Thatcher revelam divergências sobre Malvinas
Anotações pessoais da ex-primeira ministra mostram as diferenças dentro do partido conservador sobre como reagir ao ataque argentino em 82
Documentos particulares da ex-primeira ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, divulgados nesta quinta-feira revelam as divergências que surgiram no partido conservador britânico após a incursão argentina nas ilhas Malvinas em 1982. Uma série de notas preparadas por Thatcher durante os dias posteriores à ocupação mostra como os "tories", que em público mostraram uma imagem de unidade, discutiram entre eles qual era o melhor caminho a seguir.
Thatcher ao lado do ex-presidente americano Ronald Reagan em 1982 Foto: AP
O Arquivo Margaret Thatcher decidiu publicar hoje manuscritos e fichários que conserva sobre um ano-chave na carreira política da Dama de Ferro. Neles é possível perceber como o então jovem secretário de Estado, Ken Clarke, defendia "explodir alguns navios, mas nada mais", enquanto o deputado Peter Mills advertia que os constituintes não aceitariam respostas mornas: "querem sangue", disse.
Além de Clarke, outros cinco parlamentares conservadores advertiam à primeira-ministra nesse mesmo sentido e se mostravam partidários de "manter a calma". Uma nota similar descreve no dia seguinte a posição do "tory" Stephen Dorrel: "só daremos apoio à frota como uma tática de negociação. Se não negociam, deveríamos nos retirar". Em outra anotação da então primeira-ministra, se lê sobre o deputado Keith Stainton: "tem intenção de atacar o governo. Sua mulher tem grandes interesses nas Malvinas".
O conflito bélico pela soberania das Malvinas começou no dia 2 de abril de 1982, quando o então general Leopoldo Galtieri, presidente da Junta Militar argentina, ordenou a ocupação das ilhas, reivindicadas por Buenos Aires desde 1833. No dia seguinte, o Reino Unido começou a enviar seus militares ao arquipélago até reunir 27 mil soldados, que no dia 1º de maio iniciaram os combates. A guerra, que causou a morte de 649 militares argentinos, 255 britânicos e três ilhéus, terminou no dia 14 de junho de 1982 com a rendição argentina.
Os papéis de Thatcher refletem o "caos" no qual mergulhou o partido no governo britânico após a incursão argentina, segundo descreveu Chris Collins, historiador do Arquivo Margaret Thatcher. "Durante os primeiros dias do conflito houve uma grande confusão e dúvidas sobre como comportar-se, embora, certamente, o partido devia mostrar-se unido na medida do possível", apontou Collins.
O historiador britânico Charles Moore, biógrafo autorizado de Thatcher, assinalou que esses escritos privados são "um recurso fantástico para todos aqueles interessados em sua carreira como primeira-ministra e na história política recente do país".
Fonte: Terra
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Esporte e Sociedade
Acaba de ser publicado o número 21 da revista "Esporte e Sociedade", publicação semestral da Universidade Federal Fluminense (UFF) que tem como objetivo "contribuir para o avaço dos estudos sobre esporte a partir do diálogo com as ciências sociais e humanas. Organizada pelos historiadores Bernardo Buarque de Hollanda e Marcos Alvito, o novo número da "Esporte e Sociedade" traz oito artigos e uma entrevista com Josẽ Sebastião Witter, Professor Emérito da USP. Entre os artigos, é possível encontrar o trabalho de Isabella Trindade Menezes sobre as "identidades botafoguenses", de Elcio Guilherme Burlamaqui Soares Porto Rocha sobre a memória do trauma de 1950 no testemunho do goleiro Barbosa, e muitos outros sobre futebol. Para conferir na íntegra a revista, clique aqui.
Fonte:Café História
terça-feira, 9 de abril de 2013
A Quarta Tela: do cinema ao smartphone
O vídeo acima, A Quarta Tela,, foi indicação via Facebook da colega e amiga Egui Branco, educadora de Curitiba, PR, Brasil.
Trata-se de propaganda de empresa fabricante de telefones celulares que "explora a idéia de que o celular é a quarta tela criada na história moderna. A primeira foi a tela de cinema, a segunda a da TV, a terceira a do computador e a quarta, a tela do celular!".
Eu acharia um espaço para a tela do videogame, que mudou o comportamento de uma geração e influencia consideravelmente a atual, portanto, o celular seria a Quinta Tela, e que congregaria num só equipamento todas as demais telas já existentes, pois o smartphone permite em seu pequeno visor assistir TV, vídeos e filmes de cinema, acessar a internet e fazer funções de computador...
Evidente que o videogame atual nem se compara aos primeiros consoles, tipo Telejogo(vide abaixo desta postagem), da década de 1970 (comercializado no Brasil em 1977), em tela monocromática, com uma bolinha e duas barras e movimentos limitados, e que os atuais, que usam sensores de movimento precisam de uma tela de TV para sua projeção, mas se for assim, o próprio computador precisa de um monitor (seja exclusivo ou de TV, assim como os videogames), por este motivo, penso que o moderno celular seja a Quinta geração de Telas, mas não importa quantas são. O importante é a mensagem que o vídeo traz sobre a transformação de uma experiência inicial de cinema e TV com o público como mero receptor, depois com advento dos games, uma interação inicial usuário e maquinário, que se consolida com o computador aliada à internet, e que se multiplica e se torna uma experiência universal, via redes sociais, usando o smartphone, que nada tem a ver com o protótipo do fone celular, criado há 40 anos, que era grande, pesado, com raio de atuação limitado, com apenas um visor para mostrar a numeração do fone chamado ou recebido. Apesar de todos esses avanços das telas, e pensado no contexto escolar, do cinema até o moderno celular, todas estas telas tem sido usadas mais com sentido recreativo do que pedagógico, salvo as exceções, que conseguem promover o diálogo entre arte e educação.
O vídeo abaixo mostra o TeleJogo, o avô dos modernos videogames:
Fora da linha
Criada em 1854 pelo Barão de Mauá, primeira ferrovia do Brasil quase desapareceu
Caminhando pelo distrito de Piabetá, em Magé, na Baixada Fluminense, ela pode passar despercebida, mas sua importância não é pequena. Soterrada por asfalto, canteiros e ocupações irregulares, jaz a primeira ferrovia construída no Brasil, a Estrada de Ferro Barão de Mauá. Tombada pelo patrimônio histórico, a linha de 14 quilômetros, que vai de Guia de Pacobaíba a Raiz da Serra, está em grande parte tão danificada que já desapareceu.
Para reativar a linha, foi formado um grupo de trabalho que deve contratar nos próximos meses um levantamento completo do estado atual do patrimônio. Mas os desafios são muitos, conforme explica Antonio Pastori, representante da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF) no grupo. “Magé tem dívidas com a União e o Iphan não tem verba para bancar o projeto”, comenta.
As soluções estudadas envolvem a inclusão do projeto na Lei Rouanet, de incentivo à cultura, e a criação de uma parceria público-privada com algum investidor. “Mas a lei está passando por uma revisão e, enquanto isso não se resolve, não podemos fazer nada com ela”, lamenta Pastori.
Cristina Lodi, superintendente do Iphan-RJ, ressalta que os custos são altos e a restauração, incerta. “Vamos contratar um estudo para saber exatamente o estado do patrimônio. Tudo vai depender do que a gente encontrar”, diz a dirigente, que vê na remoção de famílias o maior desafio.
No entanto, Cristina acredita que o primeiro passo já foi dado, a criação do grupo de trabalho. “Sem esse esforço de várias entidades, não iríamos conseguir nada”, afirma. Participam das reuniões o Iphan-RJ, o Iphan nacional, diversos secretários municipais de Magé, a AFPF e o governo do estado. Uma vez iniciado, a previsão é de que o levantamento do patrimônio leve 14 meses.
Segundo Carlos Gabriel Guimarães, professor de história da UFF, a ferrovia representa a riqueza histórica da Baixada Fluminense e a economia movimentada do Brasil no século XIX. Criada em 1854, a linha escoava a produção de café do Vale do Paraíba ao porto do Rio de Janeiro, com uma conexão por navio entre Magé e a capital. No entanto, com a concorrência da Estrada de Ferro D. Pedro II, que ligou Barra do Piraí ao porto em 1864, a linha logo entrou em decadência.
Guimarães defende a recuperação do patrimônio. “A linha deveria ser modernizada. Sem dúvida, ela é importante para a memória do país. Não só a ferroviária, mas também o que foi o século XIX. O Brasil foi um império importante, teve seu papel no cenário mundial”, conclui.
Fonte: Revista de História do Brasil, por Mauro de Bias
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