Os Processos de Independência na América Latina
Resumo
Esta postagem procura
tratar alguns assuntos ligados ao processo de independência política dos países
da América Latina, fazendo uma separação entre as colônias ligadas à Espanha e
as ligadas a Portugal, em especial, o Brasil.
“E os povos? Lutaram
pela independência? Digamos que onde os chefes levantaram bandeiras de redenção
social ou, mais modestamente, de melhores condições de vida, os povos lutaram.
Mas, entenda-se bem, mais que pela independência, lutaram pela terra, pelo pão
e pela liquidação do servilismo”.2
O sistema de
colonização mantido pelos países europeus no continente americano durou mais de
três séculos. Entre os países europeus, Portugal e Espanha dominaram os
territórios mais vastos da América, e também os mais ricos para a economia
daquela época.
Embora houvesse
diferenças entre eles, as relações entre as metrópoles ibéricas e suas colônias americanas seguiam mais ou menos a mesma forma de funcionamento: as colônias deveriam produzir mercadorias rentáveis no mercado europeu (principalmente gêneros agrícolas tropicais e metais preciosos) que seriam exportados para a metrópole
e de lá reexportados para outros países; as colônias não poderiam fabricar
produtos manufaturados, tendo que comprá-los da metrópole.
Embora Portugal e
Espanha utilizassem vários métodos para controlar essas relações, nunca
conseguiram garantir o comércio colonial apenas para si. Muitos produtos eram manufaturados
nas colônias, mesmo que clandestinamente; era muito intenso o contrabando,
tanto de mercadorias europeias quanto de metais preciosos (ouro e prata).
Aqueles dois países,
não tendo desenvolvido indústrias, eram obrigados a se abastecer em países mais
fortes economicamente, como a Inglaterra e a França, tornando-se dependentes
deles.
Além disso, os
incentivos dados ao incremento da produção de gêneros tropicais e de metais
preciosos e ao comércio, acabaram promovendo um certo crescimento econômico das
áreas coloniais, fazendo com que, pouco a pouco, as elites coloniais começassem
a perceber a necessidade de se separarem das metrópoles.
As relações entre os
países ibéricos e suas colônias envolviam também outras nações europeias. Por
isso, os acontecimentos que atingiam os países europeus acabavam tendo
repercussões nas colônias espanholas e também no Brasil. Assim, as
transformações sociais e econômicas pelas quais passava a Europa no início do
século XIX, bem como os conflitos daquele continente afetaram a vida dos
domínios espanhóis e portugueses na América, acelerando o processo de crise do
sistema colonial, que resultaria na independência dos territórios americanos.
“As Guerras de
Independência foram, por sua relativamente curta duração e pelos positivos
resultados obtidos, um fato histórico de grande ressonância. Em dez anos se
libertou um continente de uma dominação que havia durado três séculos. Em um
ano se declararam contra a Espanha Estados e cidades separados por milhares de quilômetros e quase sem contradição. O grito da Independência se propagou como
por contágio, sem resistência visível...” 3
O processo de luta
pelo fim do sistema colonial e pela independência política da América foi
resultado da ação de grupos numericamente pequenos, mas fortes e poderosos, que
se organizaram e, dessa forma, estruturaram os novos países de acordo com seus
interesses.
Veremos a seguir,
como se efetivou esse processo, primeiro, das colônias espanholas, e depois, do
Brasil, colônia portuguesa.
INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS ESPANHOLAS
Durante as três
primeiras décadas do século XIX, as colônias espanholas lutaram pela independência
em relação à metrópole. Não se tratou de um movimento único, mas de vários
processos distintos. Entretanto, podemos dizer que alguns elementos comuns
contribuíram para as luta pela independência.
O pensamento liberal
do Iluminismo, que influenciou a independência dos Estados Unidos (1776) e os
grupos da Revolução Francês (1789), também se difundiu entre sectores da elite
colonial espanhola. Muitos dos ideais anti-absolutistas defendidos pelo
liberalismo serviram de justificativa filosófica para a luta contra o domínio
colonial espanhol.
Assim, as críticas
contra o absolutismo europeu se transformaram em anticolonialismo
na América.
Além das ideias
liberais, as lutas pela independência foram impulsionadas pela consciência das
elites coloniais de que os laços com o governo espanhol dificultavam seu
domínio mais pleno sobre as áreas da América. Essa elite era constituída,
sobretudo, pelos crioulos (filhos de espanhóis nascidos na América).
A metrópole espanhola
era responsável por várias medidas que prejudicavam a elite crioula:
a) dificultava o
acesso dos crioulos aos altos cargos do governo e administração colonial. A
maioria desses cargos era ocupada por pessoas nascidas na Espanha.
b) cobrava elevados
tributos sobre produtos de exportação.
c) restringia o
desenvolvimento de produtos manufaturados que concorressem com a produção
metropolitana.
As elites coloniais
formavam um conjunto diversificado no qual encontramos grupos de latifundiários
(produtores de gêneros de exportação como cacau, açúcar etc.), comerciantes
urbanos, proprietários de minas etc. Não tinham o mesmo pensamento político ou econômico, mas, em geral, concordavam em querer ampliar seus poderes locais e
desejavam conquistar direito ao livre comércio.
Por meio de várias
revoltas emancipacionistas, que abrangeram o período de 1810 a 1828, diversas
áreas da América espanhola foram conquistando sua independência política.
Na América do Sul, as
lutas pela independência contaram com a liderança de homens como José San
Martín e Simón Bolívar.
San Martín comandou
um poderoso exército contra as forças espanholas, obtendo importantes vitórias
nas regiões sul e central da América do Sul. É considerado libertador da
Argentina, Chile e Peru.
Simón Bolívar
destacou-se como líder militar e político nas lutas pela independência travadas
mais ao norte da América do Sul. É considerado libertador da Venezuela, da
Colômbia, do Equador, da Bolívia e também do Peru.
“O facto de a chamada
elite crioula ter sido a promotora da independência determinou simultaneamente,
as finalidades e os limites desta. Constituindo-se em classe dominante, não
tinha, é claro, nenhum interesse em alterar a ordem social vigente. A estrutura
interna latino-americana estava montada em função da articulação com os
mercados europeus, para onde iam as matérias-primas e de onde vinham as manufaturas.
O monopólio exercido por Espanha e Portugal, tornando insuportável o pacto
colonial, motivou, a partir de certo momento, a rebelião de independência. Por
trás de um discurso de liberdade, o que houve foi a oposição aos seculares
privilégios gerados no mercantilismo: a cobrança de impostos, a proibição de
produzir e negociar livremente e a obrigação de os navios, que vinham ou saíam
do Novo Mundo, de passarem, obrigatoriamente, por portos ibéricos”.4
A Revolução Francesa
e o Império Napoleônico também exerceram influência na independência das colônias. A Revolução foi uma luta contra o absolutismo e o mercantilismo (que
era também a luta dos colonos). E Napoleão, ao invadir a Península Ibérica,
acabou acelerando o processo da independência. A ocupação francesa desorganizou
completamente o sistema colonial na América e possibilitou o aparecimento de
circunstâncias favoráveis ao movimento libertador.
Impedida de reagir, a
metrópole apenas assistiu às sucessivas manifestações de rompimento político
por parte dos povos da América. Quando, finalmente, se libertou do domínio
francês, em 1815, a Coroa espanhola tentou, por meio de violenta repressão,
impedir novos movimentos. Mas já não havia a menor possibilidade de sucesso. O
imenso Império espanhol desmoronou em menos de vinte anos.
Quando Napoleão
Bonaparte dominou a Espanha e depôs o rei, as colônias se recusaram a obedecer
aos franceses, organizando Juntas Governativas, que iriam cuidar da
administração até que a situação internacional se definisse.
Numa primeira etapa
(1810-1815), que corresponde ao período em que a Espanha estava ocupada pelos
franceses, deu-se a independência da Argentina, do Paraguai, da Venezuela, do
Equador e do Chile. O México também tentou, mas foi dominado. A Venezuela e o
Equador foram reconquistados pelos espanhóis.
Na segunda fase
(1816-1828), quando o rei Fernando VII já havia reassumido o trono espanhol,
ocorreram as independências da Bolívia, do México, do Peru e da América
Central. O Uruguai, que naquela época havia sido anexado ao Brasil, iniciou a
luta pela libertação em 1825, conseguindo-a, em 1828.
“Por que se insurgem
as colônias da Espanha? Será por que os grandes latifundiários (habitualmente
produtores para a exportação), os proprietários de minas, os donos de milhões
de índios e os poderosos mercadores de além-mar forma seduzidos pelos filósofos
franceses e alguns liberais pensadores espanhóis? É claro que houve exceções (e
Bolívar foi uma delas), mas a imensa maioria moveu-se por motivos mais
prosaicos. Havia chegado o momento de afastar um sócio incômodo: o poder da
Coroa espanhola...”5
O nascimento dos
Estados Nacionais na América Latina ficou marcado por uma dupla limitação:
economicamente, pela inserção na nova divisão internacional do trabalho, na
condição de área periférica, o que garantia a manutenção do latifúndio e do
trabalho escravo; politicamente, pelas limitações democráticas, que excluíam a
maior parte da população até mesmo do elementar direito ao voto.
A independência que
acabou se efetivando na América espanhola, na prática, promoveu o rompimento
das relações entre colônias e metrópole advindas do pacto colonial, mas manteve
estruturas sociais herdadas do antigo sistema colonial. Para isso, contribuíram
diversos fatores, especialmente o controle que as elites crioulas e locais
assumiram nas lutas pela independência.
A independência
política, contudo, se por um lado permitiu o rompimento do pacto colonial,
favorecendo as transações comerciais entre as nações recém-emancipadas e os
centros de desenvolvimento capitalista, por outro, impôs a dependência econômica latino-americana às grandes potências capitalistas do século XIX.
As nações
latino-americanas permaneciam desempenhando o papel de fornecedoras de
matérias-primas e consumidoras de artigos industrializados. As elites locais,
defendendo seus próprios interesses, aliaram-se às potências hegemônicas (primeiramente Inglaterra, e, depois,
Estados Unidos),
colaborando para perpetuar a situação de dependência em que se achava a América
do Sul, desde o século XVI.
“para aqueles que não
dispunham de recursos, quer econômicos, quer culturais, os novos tempos não
trouxeram benesses ou regalias. Reformas sociais de peso, terra, salários
dignos, participação política, educação popular, cidadania, respeito cultural
às diferenças, tudo isso iria ter de esperar. As ações de governos autoritários
cobririam e deixariam suas marcas registradas na América Latina durante a maior
parte do século XIX. Os de baixo teriam de se organizar, lutar, sofrer e morrer
para alcançar seus objetivos. Não foram as lutas de independência que mudaram
sua vida”.6
Embora os pobres
tivessem, em muitas oportunidades, lutado ao lado de seus senhores, a
independência não lhes trouxe alterações definitivas. Permaneceram à margem dos
benefícios, garantindo o poder econômico e político dos caudilhos, os chefes
políticos dos novos países do continente.
“A ausência de um
poder político institucionalizado na fase posterior à independência abriu
espaço às múltiplas manifestações autonomistas do latifúndio e foi assim que
surgiram os caudilhos, líderes locais que funcionaram como porta-vozes das
diferentes fracções da classe dominante em variados momentos, valendo-se do
amplo espaço que lhes permitia a falta de Estados juridicamente organizados.
Com os caudilhos, fortaleceu-se uma tradição que se perpetuaria mesmo depois de
a América espanhola ter definido seus Estados e fronteiras: acima de leis ou
instituições, com seu discurso ideológico, há o capricho de um chefe, com seu
arbítrio e sua capacidade de arregimentar forças”.7
Os capitais
estrangeiros entravam na América Latina sob a forma de empréstimos, que eram
aplicados em ferrovias, portos, eletrificação, melhorias urbanas, telégrafos,
etc. O pagamento de tais empréstimos representava um lucro extraordinário para
os credores estrangeiros e provocava o escoamento do dinheiro para fora dos
países devedores.
Banqueiros e
comerciantes europeus e norte-americanos instalaram filiais de suas empresas
nas principais cidades da América do Sul de onde controlavam os negócios. É
verdade que essas aplicações de capital trouxeram uma certa modernização para
algumas cidades do continente, mas pagava-se um preço muito alto por ela. Além
disso, ela não significava benefícios para toda a população, e como ocorrera na
Europa, uma minoria de privilegiados usufruía dos novos investimentos.
A independência
política não significou autonomia econômica e, tampouco, a superação de algumas
características coloniais. A base da riqueza continuou sendo o extração mineral
e vegetal, a agricultura de monocultura e latifundiária, voltados para o mercado
externo.
“Investimentos no
estrangeiro, especialmente os na América Latina, cresceram rapidamente na última
metade do século XIX. Ainda que o total do capital britânico na América Latina,
em 1850, fosse pequeno, ele aumentou em ritmo constante durante as décadas de
1850 e 1860”.8
O Paraguai manteve,
até 1865, uma política fortemente nacionalista e de busca de sua independência econômica.
OS governos
paraguaios do pós-independência procuravam manter o país menos dependente dos
estrangeiros. Mesmo com poucos recursos, o país contava com algumas fábricas
que produziam de tecidos a navios, com matérias-primas e técnica desenvolvidas
no próprio país.
Por ser um país
afastado do mar, era muito importante para o Paraguai manter a livre navegação
no estuário do rio da Prata, pois era sua única saída para o Oceano Atlântico.
A passagem dos navios paraguaios pelo Prata dependia, pois, de suas relações
com os países que controlavam o estuário, sobretudo a Argentina e o Uruguai. Os
brasileiros também utilizavam a bacia do Prata para atingir as vastas regiões
do centro-oeste do império, dadas as dificuldades de acesso por via terrestre.
Essa situação fazia com que fosse necessário, para todos esses países, manter
estáveis as relações entre eles e evitar o fechamento do Rio da Prata.
Mas as relações entre
esses países nem sempre foram tranquilas, e desde o período colonial, a região
era alvo de acirradas disputas. Após as independências, fortes hostilidades
marcavam as relações entre o Paraguai, de um lado, Argentina e Brasil, de
outro. A Inglaterra aproveitou a tensão local, estimulando a formação de uma
aliança contra o Paraguai, formada pelo Brasil, a Argentina e o Uruguai.
Alegando problemas de invasão de território, a Tríplice Aliança envolveu-se
numa guerra contra a nação guarani, iniciada em 1865 e terminada em 1870.
Terminada a guerra, o Paraguai, derrotado, sucumbiu aos interesses externos e à
dependência econômica.
Embora a imensa
maioria dos países houvesse se organizado sob a forma republicana (as únicas exceções
foram o México e o Brasil, que viveram experiências monárquicas), eles se
caracterizaram pela instabilidade política. Tal instabilidade pode ser
explicada, pelo menos, em parte, porque o poder, quase sempre, era tomado à
força por grupos rivais. Um caudilho (dono de terras e chefe de exércitos
particulares), por meio de um golpe, desaloja o outro do poder, com o auxílio
de suas tropas particulares e de outros donos de terra que lhe davam apoio.
“A história do
Paraguai esteve intimamente ligada à do Brasil e à da Argentina, principais
pólos do subsistema de relações internacionais na região do Rio da Prata. O
isolamento paraguaio, até a década de 1840, bem como sua abertura e inserção
internacional se explicam, em grande parte, pela situação política platina. Nos
anos seguintes a essa abertura, o Paraguai teve boas relações com o Império do
Brasil e manteve-se afastado da Confederação Argentina, da qual se aproximara
nos anos de 1850, ao mesmo tempo que vivia momentos de tensão com o Rio de
Janeiro. Na primeira metade da década de 1860, o governo paraguaio, presidido
por Francisco Solano López, buscou ter participação ativa nos acontecimentos
platinos, apoiando o governo uruguaio hostilizado pela Argentina e pelo
Império. Desse modo, o Paraguai entrou em rota de colisão com seus dois maiores
vizinhos e Solano López acabou por ordenar a invasão de Mato Grosso e
Corrientes e iniciou uma guerra que se estenderia por cinco anos”.9
INDEPENDÊNCIA DA COLÔNIA PORTUGUESA-BRASIL
Durante o período
colonial, houve várias rebeliões envolvendo parcelas da população, em conflito
com representantes da metrópole. Foi o caso, da Revolta dos Beckman, da Guerra
dos Mascates, da Guerra de Vila Rica. De maneira geral, essas revoltas
expressavam conflitos localizados, ou seus líderes pretendiam modificar
aspectos da política colonial. Não havia nessas revoltas o objetivo de
separação de Portugal.
No final do século
XVIII, aconteceram outras revoltas, entre as quais, destacamos a Conjuração
Mineira (1789) e a Conjuração Baiana (1798), que, entre seus planos, tinham
como objetivo romper com a dominação colonial e estabelecer a independência
política em relação a Portugal. No entanto, o interesse dos revoltosos concentrava-se
em tornar independentes as regiões em que eles viviam.
“Podemos dizer que
foram movimentos de revolta regional e não revoluções nacionais”.10
Esses movimentos
foram duramente reprimidos, porém outros fatos auxiliaram para que o Brasil se
tornasse independente. Fatos tanto nacionais quanto internacionais. A seguir,
abordaremos e analisaremos os mesmos.
No início do século
XIX, uma guerra abalou a Europa. Os exércitos de Napoleão Bonaparte, imperador
da França, dominavam diversos países europeus. Praticamente as únicas forças
capazes de resistir ao exército francês foram as inglesas, que se protegiam com
uma poderosa marinha de guerra.
Sem conseguir dominar
a Inglaterra pela força militar, Bonaparte tentou vencê-la pela força econômica. Para isso, em 1806 decretou o Bloqueio Continental, pelo qual os
países do continente europeu deveriam fechar seus portos ao comércio inglês.
Nessa época, Portugal
era governado pelo príncipe D. João, que não podia cumprir as ordens de
Napoleão e aderir ao Bloqueio Continental, pois os comerciantes de Portugal
tinham importantes relações com o mercado inglês. D. João pretendia manter-se
neutro no conflito entre franceses e ingleses. Os exércitos franceses não
aceitaram essa indefinição e invadiram Portugal, com o apoio de tropas
espanholas.
Sem condições de
resistir à invasão das tropas franco-espanholas, D. João e a corte portuguesa
fugiram para o Brasil, sob a proteção naval inglesa.
Por
Eliane Aguirre
Mestranda em História pela Universidade de Passo Fundo
Assistam aos vídeos seguintes:
No primeiro vídeo a professora Gabriela Pellegrino Soares, livre-docente do Departamento de História da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo conversa com Ederson Granetto sobre como as colônias espanholas da América lutaram pela independência logo no início do século XIX. A professora, especialista em história da América Independente, explica como se deram lutas pela independência e de que forma os movimentos estavam interligados entre si e foram inspirados pelo que acontecia na Europa e na América do Norte naquele momento e nas décadas anteriores.
Já no segundo vídeo Mônica Teixeira conversa com joão Paulo Garrido Pimenta, Professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo, Livre-Docente em História do Brasil Colonial sobre o livro recém-lançado A Independência do Brasil e a Experiência Hispano-Americana (1808-1822). O livro analisa o impacto dos processos independentistas hispano-americanos no Brasil entre os anos de 1808 e 1822. A tese central aqui sustentada é a que, durante o período em questão, o conhecimento do que se passava nos territórios hispânicos, bem como a crescente necessidade de uma interação prática em eles, impôs à América portuguesa uma série de determinações cruciais na configuração de seu próprio projeto de independência. Em vez de uma abordagem que conceba o Brasil como uma solução política "diferenciada" das demais ao seu redor, propões-se compreender essa solução em razão direta delas, como parte integrante de uma mesma conjuntura revolucionária.
ATIVIDADE DE ASSIMILAÇÃO
Ø Leia a letra da música do samba
enredo da Escola de Samba Vila Isabel, relativa ao Carnaval de 2006, Soy loco por ti, América — A Vila canta a
latinidade, composto por André Diniz, Serginho 20, Carlinhos do Peixe e
Carlinhos Petisco. Sangue “caliente” corre na veia É noite no Império
do Sol A Vila Isabel semeia Sua poesia em “portunhol” E vai... buscar num vôo à imensidão Dourados frutos da ambição
Tropical por natureza Fez brotar a miscigenação “Soy
loco por ti, América” Louco por teus sabores Fartura que impera, mestiça Mãe
Terra Da integração das cores Nas densas “florestas de cultura” Do “sombrero” ao chimarrão Sendo firme sem
perder “la ternura” E o amor por este chão Em
límpidas águas, a clareza Liberdade a construir Apagando fronteiras, desenhando
Igualdade por aqui “Arriba”, Vila!!! Forte e unida Feito o sonho do Libertador
A essência latina é a luz de Bolívar Que brilha num mosaico multicor Para
bailar “La Bamba”, cair no samba Latino-americano som No compasso da felicidade
“Irá pulsar mi corazón” .
a) Retire um fragmento da letra do
samba que revele o projeto acalentado por Simón Bolívar para a América.
b) No verso Sendo firme sem perder
“la ternura”, o compositor faz
referência a qual liderança latino americana? Qual era o seu projeto?
Fontes:
Livro: Boulos Júnior, Alfredo
História sociedade & cidadania: 8º ano: ensino fundamental: anos finais / Alfredo Boulos Júnior. - 4. ed. - São Paulo: FTD, 2018.
Sites: africanomundo.blogs
portalhistoria.net.br
educacao.pe.gov.br/professorautor
univesp.br
Adaptação
Prof. Luiz Carlos Penha
Especialista em História do Brasil
ATENÇÃO! Atividades exclusivas para o 8• Ano D
ATENÇÃO! Atividades exclusivas para o 8• Ano D
ATIVIDADE
DE ASSIMILAÇÃO
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