terça-feira, 23 de abril de 2013

A diversidade da Feira de Caruaru é a cara do Brasil


Feira encanta com pratos típicos, artesanatos e setor chamado troca-troca


Artesanato na Feira de Caruaru. (Foto: Neylma Melo)
Quem deseja conhecer o coração do nordeste brasileiro não pode deixar de passear por aquela que é considerada a maior feira a céu aberto do mundo. Localizada na pequena e pacata cidade de Caruaru, a Feira de Caruaru ficou muito famosa por sua extensão e variedades de produtos. A feira possui aproximadamente dois quilômetros de extensão que percorrem as ruas da receptiva Caruaru. Neste percurso o publico tem a oportunidade de conhecer vários aspectos da cultura nordestina, se deparar com as mais diversas cores, texturas, cheiros e sabores, além da alegria acalorada que só o povo nordestino sabe proporcionar.
A história da cidade se confunde em varias etapas com a história da feira. Existe uma certa dúvida quanto ao surgimento da cidade. Há quem acredite que a cidade só pode existir graças ao surgimento da feira. Duzentos anos atrás, um grupo de colonos se reuniam em uma pequena capela fundada em uma fazenda utilizada como retiro de vaqueiros rumos ao litoral. Acredita-se que após as missas realizadas nessa pequena capela, denomina Capela da Nossa Senhora da Conceição, os camponeses vizinhos aproveitavam a situação para comercializar produtos entre si. Curiosamente nesta época o escambo era o sistema de troca mais utilizado. A facilidade era tamanha que aos poucos a feira foi ganhando proporções gigantescas, ao mesmo tempo em que a cidade foi se formando em seu entorno.
A Feira de Caruaru conta com diversos setores e é quase impossível sair dela de mãos abanando. Os produtos mais procurados pelos turistas são os artesanatos que retratam a cultura, a vida e os costumes do povo nordestino. No entanto podemos encontrar na feira setores que vendem frutas, verduras e legumes, outros que se dedicam apenas a ervas medicinais, além dos especializados em carnes e embutidos. Mas não é só de comida que a feira é feita, nela podemos encontrar diversos utensílios de cozinha e adereços para enfeitar o dia a dia.
Utensílios de cozinha e brinquedos artesanais podem ser encontrados na feira. (Foto: Neylma Melo)

Curiosidades


Existe um setor na feira de Caruaru denominado Troca-Troca. Nele não se usa dinheiro, tudo é na base da troca. De bicicletas a artigos eletrônicos, os comerciantes buscam sempre a melhor negociação.

A Feira de Caruaru se torna um ambiente mágico quando os sanfoneiros, violeiros e cantadores tomam o lugar dos pássaros e começam suas sinfonias que juntas caracterizam um ambiente único, ambiente perfeito que embala de forma muito harmoniosa os cordéis que anunciam as aventuras dos heróicos cangaceiros.
Não encontramos outro lugar na face da terra que possua mais a cara do Brasil do que a Feira de Caruaru. É por conta dela que muitos artistas nasceram e fizeram fama internacional, como conta a musica composta por Onildo Almeida e eternizada por Luiz Gonzaga:

Caruaru conta com uma excelente rede hoteleira que atende os diversos tipos de publico, consulte o seu agente de viagem e prepare-se para uma viagem inesquecível.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Buchas de Canhão

Abro espaço para o comentário de Rachel Sheherazade

Assista ao comentário:http://www.sbt.com.br/sbtvideos/media/ff3694874a4d269e34fca1b1aea0ca61/Veja-o-comentario-de-Rachel-Sheherazade-sobre-a-policia-americana.html


Hoje, vou falar sobre as polícias e o poder. 

Em pronunciamento, na ocasião da captura do suspeito de terrorismo em Boston, o presidente Barack Obama foi enfático: “a nação tem uma divida de gratidão com os policiais”. 

O chefe do departamento de polícia americana agradeceu, publicamente, a todos os agentes que trabalharam no caso. 

Os cidadãos americanos também aplaudiram a ação policial. 

O apoio e a confiança na polícia são naturais nos Estados Unidos. Os americanos sabem que ela é o braço de segurança do Estado. O Estado sabe que precisa ser solidário à polícia nas derrotas e vitórias. 

Enquanto isso, no Brasil, policiais militares são condenados à pena de prisão por terem cumprido ordens superiores numa incontornável rebelião de presos. 

O comandante da operação foi inocentado. O secretário da Segurança Pública saiu ileso e o governador do Estado tirou o seu da reta. 

Como esperado: sobrou para os “buchas de canhão”.

Por: Rachel Sheherazade

terça-feira, 16 de abril de 2013

TER x SER

RÓTULOS HUMANOS


Rótulos são essenciais para denominar os remédios. Já pensou tomar um medicamento para soltar o intestino, quando ele já está serelepe? Ou confundir a pílula anticoncepcional com um comprimido contra enxaqueca? Sem esses rótulos, teríamos caos e perigo.
Etiquetas são perfeitas para organizar papelada, pastas, contas a pagar e a receber. Também ajudam na governança da cozinha. Evitam confundir açúcar com sal, farinha de trigo com a de mandioca. Pimenta de cheiro com a malagueta. Quiabo com o diabo.
Daí, rotular e etiquetar são excelentes invenções. O prejuízo começa quando estendemos a prática do carimbo para as pessoas. Pois nomear de forma taxativa só serve para limitar, culpar, discriminar. Apesar de ser um carimbo sem tinta, faz um borrão danado.
José gosta de se vestir com roupas de mulher. Portanto, ganhará o rótulo de travesti. Mas José tem várias outras dimensões. Ele pode cantar bem, ser um exímio ciclista, um sujeito solidário como poucos. No entanto a etiqueta travesti se sobreporá a tudo mais que José seja.
Maria teve paralisia infantil. Hoje, aos 60 anos, segue mancando e se locomove com duas muletas. Ela ganhou a etiqueta de deficiente. Ao lado disso, ela é uma competente advogada. Andou trabalhando na ONU, em Nova York. Mas o rótulo deficiente se sobrepõe a tudo o que Maria faz.
Assim acontece na escola, no trabalho, na vida. O colega recebe a pecha de chato, mesmo que além disso seja gentil e criativo. A aluna é reduzida pelo apelido de periguete, quando ela também é estudiosa e curiosa.
Fulano é autista, sicrana fala errado, beltrano é fanho. Sem ser remédio, pote de ervilha, pasta de papel, eles vão carregar sobre seus ombros rótulos redutores. Viram peixinhos em um aquário mínimo, expostos à maldade pública.
Então vamos parar com isso! Qualquer pessoa é muito mais do que sua condição física ou mental, sua orientação sexual, seu bom ou mau português. Como escreveu e cantou Caetano Veloso: "Gente é prá brilhar." E podemos agregar: Testa de gente não foi criada para levar carimbo.
 Por Fernanda Pompeu 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

RESGATE HISTÓRICO E MANUTENÇÃO D MEMÓRIA SOBRE A DITADURA BRASILEIRA

 Ditadura no Brasil

"O filme aborda a tortura durante o período de ditadura no Brasil, mostrando como suas vítimas sobreviveram e como encaram aqueles anos de violência duas décadas depois. "Que Bom Te Ver Viva" mistura os delírios e fantasias de uma personagem anônima, interpretada pela atriz Irene Ravache, alinhavado os depoimentos de oito ex-presas políticas brasileiras que viveram situações de tortura. Mais do que descrever e enumerar sevícias, o filme mostra o preço que essas mulheres pagaram, e ainda pagam, por terem sobrevivido lúcidas à experiência de tortura. Para diferenciar a ficção do documentário, Lúcia Murat optou por gravar os depoimentos das ex-presas políticas em vídeo, como o enquadramento semelhante ao de retrato 3x4; filmar seu cotidiano à luz natural, representando assim a vida aparente; e usar a luz teatral, para enfocar o que está atrás da fotografia - o discurso inconsciente do monólogo da personagem de Irene Ravache".  

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Seul pede diálogo a Pyongyang para solucionar fechamento de complexo


     O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Ryoo Kihl-jae, fez nesta quinta-feira um chamado à Coreia do Norte para restabelecer o diálogo, visando a retomada das operações do complexo industrial conjunto de Kaesong, fechado há três dias por decisão de Pyongyang.
   "Pyongyang deve comparecer à mesa de negociações imediatamente", afirmou em entrevista coletiva o principal funcionário da pasta encarregada das relações com a Coreia do Norte, após expor que "as duas Coreias têm de debater formas de normalizar o parque industrial através do diálogo".
      Ryoo argumentou que a suspensão das atividades do complexo não ajuda o futuro do povo coreano e está causando grandes prejuízos tanto às empresas da Coreia do Sul quanto aos operários da Coreia do Norte que trabalham nesse parque industrial situado em território norte-coreano perto da fronteira.
     Horas antes da entrevista do ministro sul-coreano, a Coreia do Norte publicou através de sua agência estatal um comunicado no qual atribuiu ao país vizinho a responsabilidade pelo fechamento do complexo, que ameaçou tornar definitivo.
   Na terça-feira passada, Pyongyang retirou unilateralmente seus trabalhadores de Kaesong, cumprindo assim a ameaça feita um dia antes.
Situado no sudeste da Coreia do Norte, a poucos quilômetros da zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, o complexo industrial de Kaesong, único projeto intercoreano vigente, abriga 123 companhias da Coreia do Sul que fabricam vários produtos com a mão de obra de 54 mil norte-coreanos.

TENSÃO

       O representante diplomático do regime comunista da Coreia do Norte, Alejandro Cao de Benós, disse ontem que as bases do país estão "prontas para disparar". "Podemos derrubar qualquer alvo, pusemos em órbita três satélites e capacidade tecnológica não falta", afirmou.
       Cao de Benós --de origem espanhola e único cidadão estrangeiro a quem foi concedida a cidadania norte-coreana, já que decidiu combater por Pyongyang--, deu essas declarações ao jornal italiano "Oggi".
      O espanhol, que adotou o nome Alejandro-Zu, ameaça: "quando o sinal for dado abateremos todos os aviões B2 e B52 e arrasaremos as bases americanas de Guam, do Havaí e do Missouri".

Guardas sul-coreanos durante ato no Museu da Guerra, em Seul

     "As consequências serão terríveis: o planeta inteiro será contaminado e Seul afundará no mar. A bomba é nossa segurança na vida. Se for necessário, não hesitaremos em usá-la", assevera.
    O representante é membro do Partido do Trabalho e do Exército Popular, além de delegado especial do comitê governamental da Coreia do Norte para relações culturais com os países estrangeiros.
    Benós diz não ser o único que combate a favor de Kim Jong-un, a Brigada Internacional que está organizando já conta com 200 adesões desde 11 de março, poucos dias após a Coreia do Norte anunciar o fim do acordo de armistício e a promessa de não agressão vigente desde 1953.
    Nas últimas semanas, a tensão aumentou até o ponto que Pyongyang se declarou em estado de guerra contra o sul, ameaçando com a "guerra total" contra seus vizinhos e os Estados Unidos.

"LINHA PERIGOSA"

     O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, disse ontem que a Coreia do Norte está chegando perto de uma "linha perigosa" com as ameaças quase diárias contra os EUA e a Coreia do Sul.
    "A Coreia do Norte está, com sua retórica belicosa, sua ação... chegando muito perto de uma linha perigosa", disse Hagel em entrevista coletiva no Pentágono para discutir o orçamento do departamento em 2014.
     "Suas ações e palavras não ajudam a acalmar uma situação inflamável."
Perguntado se os cidadãos norte-americanos devem ficar preocupados com as ameaças, Hagel disse que os Estados Unidos têm capacidade de defender seus cidadãos e de seus aliados de qualquer ação que a Coreia do Norte possa tomar.


Fonte: Folha de S. Paulo


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Documentos de Margaret Thatcher revelam divergências sobre Malvinas

Anotações pessoais da ex-primeira ministra mostram as diferenças dentro do partido conservador sobre como reagir ao ataque argentino em 82

     Documentos particulares da ex-primeira ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, divulgados nesta quinta-feira revelam as divergências que surgiram no partido conservador britânico após a incursão argentina nas ilhas Malvinas em 1982. Uma série de notas preparadas por Thatcher durante os dias posteriores à ocupação mostra como os "tories", que em público mostraram uma imagem de unidade, discutiram entre eles qual era o melhor caminho a seguir.

Thatcher ao lado do ex-presidente americano Ronald Reagan em 1982 Foto: AP

O Arquivo Margaret Thatcher decidiu publicar hoje manuscritos e fichários que conserva sobre um ano-chave na carreira política da Dama de Ferro. Neles é possível perceber como o então jovem secretário de Estado, Ken Clarke, defendia "explodir alguns navios, mas nada mais", enquanto o deputado Peter Mills advertia que os constituintes não aceitariam respostas mornas: "querem sangue", disse.
Além de Clarke, outros cinco parlamentares conservadores advertiam à primeira-ministra nesse mesmo sentido e se mostravam partidários de "manter a calma". Uma nota similar descreve no dia seguinte a posição do "tory" Stephen Dorrel: "só daremos apoio à frota como uma tática de negociação. Se não negociam, deveríamos nos retirar". Em outra anotação da então primeira-ministra, se lê sobre o deputado Keith Stainton: "tem intenção de atacar o governo. Sua mulher tem grandes interesses nas Malvinas".
O conflito bélico pela soberania das Malvinas começou no dia 2 de abril de 1982, quando o então general Leopoldo Galtieri, presidente da Junta Militar argentina, ordenou a ocupação das ilhas, reivindicadas por Buenos Aires desde 1833. No dia seguinte, o Reino Unido começou a enviar seus militares ao arquipélago até reunir 27 mil soldados, que no dia 1º de maio iniciaram os combates. A guerra, que causou a morte de 649 militares argentinos, 255 britânicos e três ilhéus, terminou no dia 14 de junho de 1982 com a rendição argentina.
Os papéis de Thatcher refletem o "caos" no qual mergulhou o partido no governo britânico após a incursão argentina, segundo descreveu Chris Collins, historiador do Arquivo Margaret Thatcher. "Durante os primeiros dias do conflito houve uma grande confusão e dúvidas sobre como comportar-se, embora, certamente, o partido devia mostrar-se unido na medida do possível", apontou Collins.
O historiador britânico Charles Moore, biógrafo autorizado de Thatcher, assinalou que esses escritos privados são "um recurso fantástico para todos aqueles interessados em sua carreira como primeira-ministra e na história política recente do país".
Fonte: Terra

Esporte e Sociedade



Acaba de ser publicado o número 21 da revista "Esporte e Sociedade", publicação semestral da Universidade Federal Fluminense (UFF) que tem como objetivo "contribuir para o avaço dos estudos sobre esporte a partir do diálogo com as ciências sociais e humanas. Organizada pelos historiadores Bernardo Buarque de Hollanda e Marcos Alvito, o novo número da "Esporte e Sociedade" traz oito artigos e uma entrevista com Josẽ Sebastião Witter, Professor Emérito da USP. Entre os artigos, é possível encontrar o trabalho de Isabella Trindade Menezes sobre as "identidades botafoguenses", de Elcio Guilherme Burlamaqui Soares Porto Rocha sobre a memória do trauma de 1950 no testemunho do goleiro Barbosa, e muitos outros sobre futebol. Para conferir na íntegra a revista, clique aqui.

Fonte:Café História

terça-feira, 9 de abril de 2013


A Quarta Tela: do cinema ao smartphone



O vídeo acima, A Quarta Tela,, foi indicação via Facebook da colega e amiga Egui Branco, educadora de Curitiba, PR, Brasil. 
Trata-se de propaganda de empresa fabricante de telefones celulares que "explora a idéia de que o celular é a quarta tela criada na história moderna. A primeira foi a tela de cinema, a segunda a da TV, a terceira a do computador e a quarta, a tela do celular!". 
Eu acharia um espaço para a tela do videogame, que mudou o comportamento de uma geração e influencia consideravelmente a atual, portanto, o celular seria a Quinta Tela, e que congregaria num só equipamento todas as demais telas já existentes, pois o smartphone permite em seu pequeno visor assistir TV, vídeos e filmes de cinema, acessar a internet e fazer funções de computador... 
Evidente que o videogame atual nem se compara aos primeiros consoles, tipo Telejogo(vide abaixo desta postagem), da década de 1970 (comercializado no Brasil em 1977), em tela monocromática, com uma bolinha e duas barras e movimentos limitados, e que os atuais, que usam sensores de movimento precisam de uma tela de TV para sua projeção, mas se for assim, o próprio computador precisa de um monitor (seja exclusivo ou de TV, assim como os videogames), por este motivo, penso que o moderno celular seja a Quinta geração de Telas, mas não importa quantas são. O importante é a mensagem que o vídeo traz sobre a transformação de uma experiência inicial de cinema e TV com o público como mero receptor, depois com advento dos games, uma interação inicial usuário e maquinário, que se consolida com o computador aliada à internet, e que se multiplica e se torna uma experiência universal, via redes sociais, usando o smartphone, que nada tem a ver com o protótipo do fone celular, criado há 40 anos, que era grande, pesado, com raio de atuação limitado, com apenas um visor para mostrar a numeração do fone chamado ou recebido. Apesar de todos esses avanços das telas, e pensado no contexto escolar, do cinema até o moderno celular, todas estas telas tem sido usadas mais com sentido recreativo do que pedagógico, salvo as exceções, que conseguem promover o diálogo entre arte e educação. 
O vídeo abaixo mostra o TeleJogo, o avô dos modernos videogames: 



Fora da linha


Criada em 1854 pelo Barão de Mauá, primeira ferrovia do Brasil quase desapareceu



   Caminhando pelo distrito de Piabetá, em Magé, na Baixada Fluminense, ela pode passar despercebida, mas sua importância não é pequena. Soterrada por asfalto, canteiros e ocupações irregulares, jaz a primeira ferrovia construída no Brasil, a Estrada de Ferro Barão de Mauá.     Tombada pelo patrimônio histórico, a linha de 14 quilômetros, que vai de Guia de Pacobaíba a Raiz da Serra, está em grande parte tão danificada que já desapareceu.
   Para reativar a linha, foi formado um grupo de trabalho que deve contratar nos próximos meses um levantamento completo do estado atual do patrimônio. Mas os desafios são muitos, conforme explica Antonio Pastori, representante da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF) no grupo. “Magé tem dívidas com a União e o Iphan não tem verba para bancar o projeto”, comenta.
   As soluções estudadas envolvem a inclusão do projeto na Lei Rouanet, de incentivo à cultura, e a criação de uma parceria público-privada com algum investidor. “Mas a lei está passando por uma revisão e, enquanto isso não se resolve, não podemos fazer nada com ela”, lamenta Pastori.
   Cristina Lodi, superintendente do Iphan-RJ, ressalta que os custos são altos e a restauração, incerta. “Vamos contratar um estudo para saber exatamente o estado do patrimônio. Tudo vai depender do que a gente encontrar”, diz a dirigente, que vê na remoção de famílias o maior desafio.
   No entanto, Cristina acredita que o primeiro passo já foi dado, a criação do grupo de trabalho. “Sem esse esforço de várias entidades, não iríamos conseguir nada”, afirma. Participam das reuniões o Iphan-RJ, o Iphan nacional, diversos secretários municipais de Magé, a AFPF e o governo do estado. Uma vez iniciado, a previsão é de que o levantamento do patrimônio leve 14 meses.
   Segundo Carlos Gabriel Guimarães, professor de história da UFF, a ferrovia representa a riqueza histórica da Baixada Fluminense e a economia movimentada do Brasil no século XIX. Criada em 1854, a linha escoava a produção de café do Vale do Paraíba ao porto do Rio de Janeiro, com uma conexão por navio entre Magé e a capital. No entanto, com a concorrência da Estrada de Ferro D. Pedro II, que ligou Barra do Piraí ao porto em 1864, a linha logo entrou em decadência.
   Guimarães defende a recuperação do patrimônio. “A linha deveria ser modernizada. Sem dúvida, ela é importante para a memória do país. Não só a ferroviária, mas também o que foi o século XIX. O Brasil foi um império importante, teve seu papel no cenário mundial”, conclui.
Fonte: Revista de História do Brasil, por Mauro de Bias

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

'Guerra não é a solução' para a Síria, diz Ahmadinejad

'Guerra não é a solução' para a Síria

    O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, afirmou nesta segunda-feira em entrevista que a guerra "não é a solução" na Síria, pedindo que Damasco e a oposição cheguem a um acordo nacional.
"Guerra não é a solução. O governo que governa pela guerra terá uma tarefa muito difícil e aqueles que chegarem ao poder (pela guerra) terão igualmente uma tarefa dificílima", disse Ahmadinejad, referindo-se ao regime e à oposição, em entrevista concedida à rede de televisão árabe Al-Mayadeen, com sede em Beirute.
    "Não pode haver uma guerra religiosa na Síria", país de maioria sunita dirigido por um clã alauíta, afirmou, acrescentando que "é preciso tentar obter um entendimento nacional".
Perguntado se o presidente Bashar al-Assad faz parte da solução ou se deve deixar o poder, Ahmadinejad respondeu: "Acredito que cabe ao povo sírio determinar quem fica e quem parte".
    O presidente do principal aliado regional de Damasco se defendeu de qualquer ingerência. "Nós não vamos interferir. É o povo sírio que deve escolher por meio de eleições. Como organizar eleições livres? É preciso que a segurança impere e, se não houver consenso nacional, não haverá segurança", reforçou Ahmadinejad ao Al-Mayadeen, canal conhecido por posições pró-Irã e Síria.
    Comentando o ataque aéreo efetuado por Israel em 30 de janeiro contra instalações militares nas proximidades de Damasco, Ahmadinejad considerou que o ato é uma "prova de fraqueza" do estado hebreu, mas reconheceu a incapacidade da Síria de dar uma resposta ao ataque.
    "Gostaríamos que as circunstâncias fossem diferentes na Síria, pois assim ela poderia se defender", afirmou.
   Na segunda-feira, o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano, Said Jalili, havia alertado Israel, afirmando que a "entidade sionista se arrependerá da agressão contra a Síria", sem dar mais detalhes.
   O ministro israelense da defesa, Ehud Barak, confirmou implicitamente neste domingo o ataque, reafirmando que Israel não permitirá que armas sejam transferidas da Síria para o Hezbollah xiita libanês, aliado de Damasco e inimigo declarado de Israel.

Fidel Castro faz aparição surpresa em Cuba

Visita de Castro ao local de votação foi evento principal nas eleições parlamentares 

 

 

HAVANA - O líder revolucionário cubano Fidel Castro fez uma aparição surpresa no domingo (3) em Havana para votar nas eleições parlamentares, expressando confiança na revolução, apesar de um embargo comercial de décadas dos EUA.

A visita de Castro ao local de votação no bairro El Vedado, de Havana, foi o evento principal nas eleições de domingo, durante o qual os cubanos escolheram 612 deputados da Assembleia Nacional, bem como deputados de legislaturas locais.

"Eu estou convencido que os cubanos são realmente um povo revolucionário", afirmou Castro, de 86 anos, a jornalistas, que o rodeavam, no posto de votação. "Eu não tenho que provar isso. A História já provou isso e 50 anos de bloqueio dos EUA não conseguiram e não conseguirão nos derrotar."

Os EUA impuseram um embargo comercial, econômico e financeiro contra Cuba em outubro de 1960 depois que o governo revolucionário de Fidel nacionalizou as propriedades de cidadãos americanos e corporações. Ele foi ampliado para se tornar um embargo quase total em 1962, depois que a aliança de Cuba com o bloco soviético se tornou aparente.

As imagens divulgadas na televisão cubana, bem como fotos do jornal Juventud Rebelde, mostraram Castro ligeiramente curvado com uma bengala em animada conversa com os eleitores no posto de votação. Ele usava uma camisa escura e uma jaqueta.

Em seus comentários, o líder revolucionário também elogiou a criação da Comunidade da América Latina e Estado Caribenhos (Celac), cuja presidência foi assumida formalmente por Cuba na semana passada em uma cúpula em Santiago, no Chile.

Fidel Castro não era visto em público desde 21 de outubro, quando acompanhou Elías Jaua, o atual ministro venezuelano de Relações Exteriores ao Hotel Nacional. Suas longas ausências da vista do público alimentaram rumores de que sua saúde se agravou, que ele estava morto, ou em seu leito de morte - particularmente porque Castro não publica um de seus editoriais normalmente frequentes nos meios de comunicação oficiais do Estado desde 19 de junho.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A História do Brasil

HISTÓRIA DO BRASIL

 

      A História do Brasil contada por Bóris Fausto através de vídeo. Uma maneira diferente de se estudar nosso passado e entendermos os reais interesses políticos, sociais/sexuais e principalmente econômicos dos portugueses em terras tupiniquins. Espero que gostem, este vídeo foi garimpado especialmente para você que curte o CONEXÃO DA HISTÓRA.
 
 


terça-feira, 13 de novembro de 2012

O IMPÉRIO ROMANO DO ORIENTE

História, a ciência dos homens no tempo

     Desde a Antiguidade diversos significados foram dados Á História - relatos de guerras e feitos heróicos; interpretações de crises sociais, políticas e econômicas; narrativas sobre as relações entre os povos e disputas territoriais; estudos das relações sociais, da diversidade cultural, das transformações das sociedades, bem como de aspectos que permanecem ao longo do tempo.
     Todos esses significados podem nos ajudar a compreender as sociedades humanas, seus semelhantes e diferenças no tempo e no espaço.

Na foto, Olimpíadas de Londres 2012. Equipe E.U.A campeã na ginástica artística feminina.
     Muitos fatos constroem a história no dia a dia. Nem sempre esses fatos são políticos: evoluções tecnológicas, conquistas no esporte, atividades culturais, questões ambientais e manifestações sociais retratam também um periúdo histórico.

Astronauta trabalhando nos reparos de estação espacial.  



Protesto de sem-terras contra o massacre de Eldorado dos Carajás.


Soldado norte-americano em Kosovo. (Guerra na antiga Iugoslávia)

     O historiador francês Marc Bloch propôs que se entendesse a História como "a ciência dos homens no tempo". O conhecimento histórico se constrói nas relações entre passado e o presente, de modo que se possa compreender, ao mesmo tempo, o passado revelado pelo presente e o presente revelado pelo passado. 
     Estudar História é refletir sobre o presente, é um exercício mental de viajar pelo tempo, conhecer o modo de pensar e agir de diferentes povos, comparar modos de vida, analisar situações vividas por diferentes sociedades em variadas épocas e lugares.
     Nessa investigação, os recursos são mais diversos: relatos, documentos, textos literários, pinturas e outras fontes. É a mesma História, em linguagens diferentes.
     A História revela, portanto, a identidade de um povo, em determinada época, presente em suas mais variadas manifestações - organização política e econômica, costumes, produção artística, arquitetura, formas de laser, música e valores sociais.

O Império Romano do Oriente

     No decorrer do século III, o Império Romano teve de enfrentar uma grande crise. O governo tinha dificuldades para administrar o vasto território, defender fronteiras, cobrar impostos, reprimir as revoltas de escravos e controlar os povos dominados. Além disso, a mão-de-obra escrava se tornava cada vez mais escassa e cara devido à diminuição das conquistas territoriais. no ano de 395, o imperador Teódoro tentou solucionar a crise dividindo o império em duas partes: a do Ocidente e a do Oriente.
     Os problemas em Roma e nas províncias ocidentais prolongaram-se até o século V, sendo agravados pelas invasões dos bárbaros germânicos. Lentamente, o Império Romano do Ocidente se desestruturou e se fragmentou em diversos reinos bárbaros.
     Situações diferentes foram vividas pela parte oriental do império, que não profundamente afetada pela crise do escravismo. Ali as tradições comerciais foram mantidas, e seus lucros sustentaram a economia da região.
     Os territórios da Grécia, Egito, Síria, Palestina, Mesopotâmia e Ásia Menor formavam o Império Romano do Oriente, cuja a capital era a cidade de Constantinopla.

Banhada pelos mares Mediterrâneo e Negro, Constantinopla localizava-se numa região movimentada e era um ponto de ligação entre o Ocidente e o Oriente pelo qual passavam caravanas de comerciantes.



A trajetória de Constantinopla  

     A história de Constantinopla é curiosa. inicialmente chamada de Bizâncio, foi fundada no século VIII a.C. pelos gregos para ser uma colônia comercial. Ao longo do tempo, essa cidade despertou o interesse de muitos invasores: persas, atenienses, espartanos, macedônios, romanos e turcos.
     Dominada pelos romanos em 74 a.C., somente depois de quatro séculos obteve destaque entre as outras cidades do império. Isso porque o imperador Constantino, a partir do ano de 330, iniciou a construção de obras públicas, palácios e igrejas. Como ele foi responsável pelas transformações de Bizâncio, os romanos passaram a chamá-la de Constantinopla. Anos mais tarde, tornou-se a capital do Império Romano do Oriente, também chamado de Bizantino, em referência a seu antigo nome. Em 1453, Constantinopla foi dominada pelos turcos e ainda hoje faz parte da Turquia, com o nome de Istambul. Atualmente é uma cidade grande, onde os habitantes e os monumentos históricos convivem com problemas como poluição, congestionamentos e super população. (Este último texto foi escrito com base em: "Veneza & Istambul", Caderno de Turismo, Folha de S. Paulo, 21/07/1997)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RENASCIMENTO CULTURAL


A Pietà (Piedade) de Michelangelo; representa Jesus.



Vista de Florenças, Itália, com a Cúpula do Duomo, a catedral da cidade.





O processo de transformações sociais, políticas e econômicas, agravado pela crise do século XIV, abalou o sistema feudal. Esse contexto promoveu alterações significativas na maneira de pensar das pessoas, em especial dos burgueses, manifestadas na literatura, nas artes e na ciência do período, caracterizando um movimento cultural que ficou conecido como RENASCIMENTO, este processo de ocorreu entre os séculos XV e XVI.

Galileu demonstra seu primeiro telescópio. Por Sabatelli.


Jardins do Palácio Pitti - Florença.

O homem, a razão e a ciência

     O termo Renascimento não foi casual; sua origem está associada ao resgate de valores humanistas da Antiguidade greco-romana. Para melhor compreendermos a realidade, gregos e romanos voltaram sua atenção para a vida terrena e não para a vida após a morte, dedicando-se aos estudos matemáticos, científicos, filosóficos e históricos. Assim como os gregos, os romanos representavam seus deuses com forma, personalidade e sentimentos humanos, como raiva, ódio, ciúme, vingança; portanto, na antiguidade, os deuses não eram vistos como seres perfeitos.
     Na cultura greco-romana predominava o pensamento humanista, de valorização do homem, de sua capacidade de pensar e ampliar os conhecimentos em diversas áreas. O filósofo Aristóteles, por exemplo, além de se dedicar à filosofia, estudou Matemática, Botânica, Astronomia e Zoologia. Artistas, escritores e cientistas da Renascença passaram a se interessar pelo estudo de obras da Idade Antiga. Essas obras transmitiam e representavam o humanismo que eles defendiam e queriam difundir.
     Os defensores do renascimento questionavam a visão teocêntrica de mundo imposta com rigor pela Igreja à sociedade medieval. Nascia assim um movimento cultural e científico que procurava suplantar as ideias e valores medievais buscando, tomando como exemplo os gregos e romanos, explicar os fenômenos naturais e sociais por intermédio da razão, característica humana muito valorizada pelos renascentistas.
     Valorizar a razão estava em sintonia com o antropocentrismo renasentista, ou seja, a ideia de que o homem era o centro do universo. Demoradamente o ser humano passou a tomar consciência de seu papel ativo, de sua influência nos acontecimentos cotidianos, políticos e sociais, bem como de sua capacidade de interagir com a natureza. Essa maneira de pensar representava um contraste com o papel passivo, quase que inquestionador, que lhe era atribuído na cultura medieval, quando muitos acreditavam ser somente espectadores dos acontecimentos planejados por Deus.
     O Renascimento representou a transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Entenda-se por teocentrismo a concepção segundo a qual Deus é o centro do universo, tudo foi criado por ele, por ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a vontade humana. Já em relação ao antropocentrismo, entenda-se como uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem. 
     Muitas obras da época demonstram que os homens se sentiam divididos entre a preocupação em salvar a sua alma e a busca do prazer mundano.

O triunfo da morte, 1562 do pintor holandês Pieter Brueghel; representa o sofrimento e a morte causados pela Peste Negra.

Queda do anjo, criação de Eva, pecado original e expulsão do Paraíso, do pintor Hieronymus Bosch; representa o conflito humano entre o prazer e o pecado.


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Por que Estudar HISTÓRIA?


     Segundo Antonio Paulo Resende e Maria Thereza Didier a construção do saber histórico dá-se a partir do conhecimento do passado. Não de um passado tomado como algo morto, mas em permanente diálogo com o presente. Os tempos históricos se comunicam, e o historiador não deve perder de vista, na sua pesquisa e no seu relato, essa dinâmica.
     A produção da cultura humana é resultado de relações sociais que se modificam, e a História, como ciência, faz o registro dessas modificações. Mas a História é também feita de prmanências. Não há mudanças que rompam definitivamente com o passado. O novo tem, sempre, conexões com o antigo, quando não é o próprio antigo que se reapresenta disfarçado em outras formas. Entender a História é analisar as relações sociais, localizá-las no tempo e no espaço e perceber que essa interpretação é fruto também de determinado tempo e espaço.
     Por mais que a pesquisa histórica se aprofunde, o historiador não pode contar tudo o que aconteceu no passado, tampouco estabelecer sobre ele uma verdade inquestionável. Por exemplo, a maneira como hoje interpretamos os acontecimentos e as relações sociais de outros tempos está articulada com as dificuldades e indagações da atualidade. O trabalho do historiador é, sobretudo, interpretar o que aconteceu, tendo como ponto de partida sua concepção de história e sua pesquisa. Não existe, portanto, um relato histórico descomprometido, neutro; ele é sempre uma resposta às questões próprias do tempo do historiador e aos caminhos teóricos escolhidos por ele.
     Os livros didáticos de História revelam concepções de um mundo, e buscam organizá-las e trazer reflexões para que os leitores conheçam melhor sua sociedade e seu cotidiano. Mas, se por um lado deve procurar sistematizar informações, por outro é preciso que provoque o debate, pois todos somos sujeitos da História; ela é uma construção coletiva, uma invenção humana, e ter consciência dos problemas que ela envolve nos ajuda a pensar em mudanças que possam superá-los.
     Finalmente, como qualquer outro tipo de produção, as obras didáticas são expressões das realidades das quais se originaram. Portanto, a intenção e o "Por que Estudar HISTÓRIA" contribui para a formação de cidadãos críticos e atuantes, que se envolvam com o mundo onde vivem, sintam que a História é sua própria vida e que não há como fugir desse envolvimento. Nossas indagações, nossos questionamentos, nossa abordagem dos fatos expressam o mundo de hoje, mas de uma perspectiva de quem quer construir um outro futuro.


CAPITALISMO

 Este filme documenta uma crítica ao CAPITALISMO desde os seus primordios. Vale a pena assistir e tirar suas conclusões interpretativas.




 Nós que aqui estamos por vós esperamos (Marcelo Masagão)



  Documentário brasileiro de 1998, dirigido por Marcelo Masagão.
Foi premiado no Festival de Gramado em 2000 por sua montagem e no Festival do Recife como melhor filme, melhor roteiro e melhor montagem.


domingo, 4 de novembro de 2012

NA TERRA DOS PALEOÍNDIOS

     Um estudo publicado em 2007 amplia ainda mais o debate a respeito de como se deu o processo de povoamento do continente hoje conhecido como América. Pesquisadores encontraram na Colômbia 74 crânios humanos com idades que variam de 3 mil a 11 mil anos. O que chamou a atenção dos cientistas é que muitos desses crânios apresentam semelhanças morfológicas com o crânio de Luzia.

Reconstituição do fóssel humano (batizado de Luzia) mais antigo já encontrado nas Américas, com cerca de 11.500 anos. Encontrado no Estado de Minas Gerais - Brasil.
     De acordo com os pesquisadores, o fóssil de Luzia possui semelhanças morfológicas bem mais acentuadas com os aborígenes australianos e africanos atuais do que com os indígenas encontrados pelos europeus na América.
     A descoberta dos crânios colombianos sugere que esse grupo permaneceu no continente hoje conhecido como América por 8 mil anos, tendo convivido com as populações de mongoloides que teriam chegado depois. - entenda-se por mongoloides como termológia classificatória de "raça" atribuida pela Antropologia Física: à antropologia fisica classifica os grandes grupos humanos como "europóide" (branco),  "mongoloide" (amarelo) e "negroide" (negro).
     Essas populações de mongoloides asiáticos são os ancestrais dos atuais povos indígenas brasileiros. A discussão agora ultrapassa o campo das fronteiras territoriais para o campo das relações pessoais ou sanguineas entre "Luzia" e os 74 fósseis encontrados no sítio arqueológico Abrigo del Tequendama l, na Colômbia, com cerca de 11 mil ou 10 mil anos.