domingo, 4 de novembro de 2012

NA TERRA DOS PALEOÍNDIOS

     Um estudo publicado em 2007 amplia ainda mais o debate a respeito de como se deu o processo de povoamento do continente hoje conhecido como América. Pesquisadores encontraram na Colômbia 74 crânios humanos com idades que variam de 3 mil a 11 mil anos. O que chamou a atenção dos cientistas é que muitos desses crânios apresentam semelhanças morfológicas com o crânio de Luzia.

Reconstituição do fóssel humano (batizado de Luzia) mais antigo já encontrado nas Américas, com cerca de 11.500 anos. Encontrado no Estado de Minas Gerais - Brasil.
     De acordo com os pesquisadores, o fóssil de Luzia possui semelhanças morfológicas bem mais acentuadas com os aborígenes australianos e africanos atuais do que com os indígenas encontrados pelos europeus na América.
     A descoberta dos crânios colombianos sugere que esse grupo permaneceu no continente hoje conhecido como América por 8 mil anos, tendo convivido com as populações de mongoloides que teriam chegado depois. - entenda-se por mongoloides como termológia classificatória de "raça" atribuida pela Antropologia Física: à antropologia fisica classifica os grandes grupos humanos como "europóide" (branco),  "mongoloide" (amarelo) e "negroide" (negro).
     Essas populações de mongoloides asiáticos são os ancestrais dos atuais povos indígenas brasileiros. A discussão agora ultrapassa o campo das fronteiras territoriais para o campo das relações pessoais ou sanguineas entre "Luzia" e os 74 fósseis encontrados no sítio arqueológico Abrigo del Tequendama l, na Colômbia, com cerca de 11 mil ou 10 mil anos.

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