segunda-feira, 12 de novembro de 2012

RENASCIMENTO CULTURAL


A Pietà (Piedade) de Michelangelo; representa Jesus.



Vista de Florenças, Itália, com a Cúpula do Duomo, a catedral da cidade.





O processo de transformações sociais, políticas e econômicas, agravado pela crise do século XIV, abalou o sistema feudal. Esse contexto promoveu alterações significativas na maneira de pensar das pessoas, em especial dos burgueses, manifestadas na literatura, nas artes e na ciência do período, caracterizando um movimento cultural que ficou conecido como RENASCIMENTO, este processo de ocorreu entre os séculos XV e XVI.

Galileu demonstra seu primeiro telescópio. Por Sabatelli.


Jardins do Palácio Pitti - Florença.

O homem, a razão e a ciência

     O termo Renascimento não foi casual; sua origem está associada ao resgate de valores humanistas da Antiguidade greco-romana. Para melhor compreendermos a realidade, gregos e romanos voltaram sua atenção para a vida terrena e não para a vida após a morte, dedicando-se aos estudos matemáticos, científicos, filosóficos e históricos. Assim como os gregos, os romanos representavam seus deuses com forma, personalidade e sentimentos humanos, como raiva, ódio, ciúme, vingança; portanto, na antiguidade, os deuses não eram vistos como seres perfeitos.
     Na cultura greco-romana predominava o pensamento humanista, de valorização do homem, de sua capacidade de pensar e ampliar os conhecimentos em diversas áreas. O filósofo Aristóteles, por exemplo, além de se dedicar à filosofia, estudou Matemática, Botânica, Astronomia e Zoologia. Artistas, escritores e cientistas da Renascença passaram a se interessar pelo estudo de obras da Idade Antiga. Essas obras transmitiam e representavam o humanismo que eles defendiam e queriam difundir.
     Os defensores do renascimento questionavam a visão teocêntrica de mundo imposta com rigor pela Igreja à sociedade medieval. Nascia assim um movimento cultural e científico que procurava suplantar as ideias e valores medievais buscando, tomando como exemplo os gregos e romanos, explicar os fenômenos naturais e sociais por intermédio da razão, característica humana muito valorizada pelos renascentistas.
     Valorizar a razão estava em sintonia com o antropocentrismo renasentista, ou seja, a ideia de que o homem era o centro do universo. Demoradamente o ser humano passou a tomar consciência de seu papel ativo, de sua influência nos acontecimentos cotidianos, políticos e sociais, bem como de sua capacidade de interagir com a natureza. Essa maneira de pensar representava um contraste com o papel passivo, quase que inquestionador, que lhe era atribuído na cultura medieval, quando muitos acreditavam ser somente espectadores dos acontecimentos planejados por Deus.
     O Renascimento representou a transição do teocentrismo para o antropocentrismo. Entenda-se por teocentrismo a concepção segundo a qual Deus é o centro do universo, tudo foi criado por ele, por ele é dirigido e não há outra razão além do desejo divino sobre a vontade humana. Já em relação ao antropocentrismo, entenda-se como uma concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a sua relação com o Homem. 
     Muitas obras da época demonstram que os homens se sentiam divididos entre a preocupação em salvar a sua alma e a busca do prazer mundano.

O triunfo da morte, 1562 do pintor holandês Pieter Brueghel; representa o sofrimento e a morte causados pela Peste Negra.

Queda do anjo, criação de Eva, pecado original e expulsão do Paraíso, do pintor Hieronymus Bosch; representa o conflito humano entre o prazer e o pecado.


Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog, e esse conteúdo sobre o Renascimento Cultural ficou bem Didático, com certeza será muito útil em minhas aulas de História. Forte abraço. Gustavo Agliard, Londrina - Paraná.