sábado, 11 de maio de 2013

ILUMINISMO


     Com o desenvolvimento do capitalismo, nos séculos XVII  e XVIII,  a burguesia continuou sua ascensão econômica em importantes países europeus, como Inglaterra e França. Adquirindo crescente consciência de seus interesses, passou a criticar o Antigo Regime e a defender que o Estado não deveria interferir tanto na economia, dando liberdade para a atuação da iniciativa empresarial privada.
     Essa e outras ideias foram produtoras de importantes transformações nas sociedades europeias e, depois, se espalharam por outras regiões do mundo, como a América.

CRÍTICA AO ANTIGO REGIME


     Ao longo dos séculos XVI a  XVIII, o desenvolvimento do comércio e das manufaturas, a exploração das colônias e as transformações no campo favoreceram (em ritmos diversos e em diferentes sociedades) o crescimento dos grupos sociais burgueses. Estes pretendiam livrar-se da interferência dos governos nos seus negócios e passaram a criticar o chamado Antigo Regime e suas práticas mercantilistas.
     Nesse contexto, durante o século XVII, conhecido como Século das Luzes (da razão), desenvolveu-se em alguns centros da Europa o ILUMINISMO - um movimento intelectual que correspondia aos interesses daqueles que desejavam mais liberdade política e econômica. Os pensadores iluministas defendiam, além da não intervenção do Estado na economia, a igualdade jurídica entre homens, a liberdade religiosa e de expressão e outros direitos. Com isso, o Iluminismo abriu caminho para as revoluções que combateram as estruturas do Antigo Regime.

COMBATE AO ANTIGO REGIME


     O pensamento político e econômico dos iluministas correspondia aos anseios gerais da burguesia, pois ambos os grupos se opunham a vários aspetos do Antigo Regime:
  • ao absolutismo monárquico, que protegia a nobreza e mantinha seus privilégios, impedindo o predomínio da burguesia e de seus ideais;
  • ao mercantilismo, baseado na intervenção do Estado na economia que era considerado prejudicial à  livre iniciativa econômica e ao desenvolvimento do capitalismo;
  • ao poder da Igreja, que se baseava em verdades reveladas pela fé, contrariando a autonomia da razão, ou seja a liberdade do indivíduo para elaborar conceitos, normas, ideias e teorias. Segundo o pesamento iluminista, só com autonomia da razão seria possível estimular o avanço da ciência e das técnicas aplicadas aos transportes, às comunicações, à medicina etc.

O QUE O ILUMINISMO DEFENDIA


     No século XVIII, o liberalismo - conjunto de ideias que defendiam a liberdade individual dentro da sociedade, nos campos da política, da religião, da economia etc. - difundiu-se, principalmente, na França e na Inglaterra, e foi uma das características do movimento intelectual conhecido como Iluminiamo , Ilustração ou Filosofia das Luzes.
     O termo Iluminismo refere-se à razão (luz), a capacidade humana de conhecer, compreender e jugar.         
   Apesar das diferentes e até das contradições entre pensadores iluministas, eles tinham como princípio básico confiar na razão como instrumento capaz de promover a crítica das questões que envolviam a sociedade e a natureza.
     De modo geral, esses pensadores defendiam a liberdade de expressão, a educação do povo, a igualdade jurídica, a divisão de poderes dentro do Estado e governos representativos. Acreditavam que esses elementos eram essenciais para a edificação de uma sociedade  mais justa e para a felicidade do ser humano.
     Libertar o homem de certas "algemas" que o prendiam parecia ser o objetivo de muitos pensadores iluministas. Eles consideravam como algemas elementos como: o tradicionalismo religioso medieval; as práticas supersticiosas e o poder da magia; a divisão social dos homens baseada numa hierarquia de estratos estabelecida pelo nascimento etc.
Veremos, a seguir, como essas ideias estão presentes na filosofia d alguns dos principais autores iluministas.



John Locke 
John Locke é Considerado o “pai do Iluminismo”. Sua principal obra foi “Ensaio sobre o entendimento humano”, aonde Locke defende a razão afirmando que a nossa mente é como uma tábula rasa sem nenhuma idéia. 

Defendeu a liberdade dos cidadãos e Condenou o absolutismo.

Voltaire 
François Marie Arouet Voltaire destacou-se pelas críticas feitas ao clero católico, à inflexibilidade religiosa e à prepotência dos poderosos.

Montesquieu 
Charles de Secondat Montesquieu em sua obra “O espírito das leis” defendeu a tripartição de poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.

No entanto, Montesquieu não era a favor de um governo burguês. Sua simpatia política inclinava-se para uma monarquia moderada.

Rousseau

Jean-Jacques Rousseau é autor da obra “O contrato social”, na qual afirma que o soberano deveria dirigir o Estado conforme a vontade do povo. Apenas um Estado com bases democráticas teria condições de oferecer igualdade jurídica a todos os cidadãos.
Rousseau destacou-se também como defensor da pequena burguesia.

Quesnay 
François Quesnay foi o representante oficial da fisiocracia. Os fisiocratas pregavam um capitalismo agrário sem a interferência do Estado.

Adam Smith 
Adam Smith foi o principal representante de um conjunto de idéias denominado liberalismo econômico, o qual é composto pelo seguinte:
- o Estado é legitimamente poderoso se for rico;
- para enriquecer, o Estado necessita expandir as atividades econômicas capitalistas;
- para expandir as atividades capitalistas, o Estado deve dar liberdade econômica e política para os grupos particulares.
A principal obra de Smith foi “A riqueza das nações”, na qual ele defende que a economia deveria ser conduzida pelo livre jogo da oferta e da procura.


Segui dica de filme para melhor compreensão do assunto:


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